Programa Pacto da Mata Ciliar recupera seis hectares de áreas degradadas em Angelina

Foto: Divulgação / Semae

Para fortalecer a proteção ambiental, prevenir enchentes e combater a erosão em áreas rurais de Santa Catarina, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde (Semae) tem apoiado o fortalecimento do Programa Pacto da Mata Ciliar, que já promoveu a recuperação de mais de seis hectares de áreas degradadas no município de Angelina, na Grande Florianópolis. Reconhecida internacionalmente como uma boa prática de recuperação ambiental, a iniciativa foi destacada pela FAO/ONU como um exemplo de ação efetiva de restauração ecológica.

Essa medida integra o Programa de Fortalecimento de Comitês de Bacias Hidrográficas, coordenado pela Semae, e conta com a execução do Instituto Água Conecta, em parceria com o Comitê Tijucas e Biguaçu. O projeto tem o patrocínio da Elera Renováveis e o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

“A Semae tem feito a articulação entre as instituições parceiras e a coordenação das políticas públicas que garantem o suporte técnico, o monitoramento e o estímulo à participação das comunidades locais. A presença ativa da Secretaria reforça o compromisso do Governo de Santa Catarina com o desenvolvimento sustentável e com a valorização das matas ciliares como barreiras naturais fundamentais para o equilíbrio ambiental”, comentou o secretário de Meio Ambiente e Economia Verde, Emerson Stein.

Reabertura do viveiro e apoio às famílias

Durante a reinauguração do Viveiro Florestal de Mudas de Angelina, realizada após melhorias na estrutura, a Semae celebrou o avanço do programa e destacou a importância da produção local de mudas para viabilizar o reflorestamento gradual de propriedades da região. Com o viveiro funcionando plenamente, famílias de Angelina, bem como de municípios vizinhos como Major Gercino e Rancho Queimado, poderão solicitar e retirar mudas de árvores nativas gratuitamente.

Até o fim de março, seis famílias já haviam plantado cerca de 1,5 mil mudas com apoio técnico do Instituto Água Conecta. Outras seis estão em processo de recebimento e preparo de áreas para o plantio, que seguirá até o fim de maio. A expectativa da Semae é que esse número cresça ainda mais com o fortalecimento da articulação local e regional.

Pesquisa aponta áreas prioritárias para recuperação

Segundo estudo realizado pelo Instituto Água Conecta, 34,8% das áreas de mata ciliar de Angelina estão degradadas, principalmente por uso agrícola inadequado e ausência de cobertura vegetal. Desse total, apenas 1,8% apresenta edificações irregulares, o que reforça o potencial de recuperação natural com ações bem orientadas de reflorestamento.

“Esse trabalho só é possível graças à integração entre a gestão pública, os comitês de bacia e a sociedade civil. A recuperação das matas ciliares não é apenas uma ação ambiental, é também uma medida de proteção social, pois garante segurança para as famílias e para os recursos hídricos do estado”, afirma Cíntia Hoffer, coordenadora técnica do Programa.

O diagnóstico detalhado da situação das matas ciliares na bacia hidrográfica é uma das iniciativas previstas no Plano de Recursos Hídricos da Bacia dos Rios Tijucas e Biguaçu. Esse projeto foi selecionado pelo Comitê Tijucas e Biguaçu e conta com o apoio da Semae.

Função estratégica das matas ciliares

A recuperação de áreas ciliares é essencial para garantir a qualidade da água, prevenir enchentes e controlar a erosão do solo. As árvores atuam como filtros naturais, retendo sedimentos e poluentes antes que cheguem aos cursos d’água, além de ajudarem a regular o fluxo hídrico durante períodos de chuvas intensas. Essa prática está alinhada com diversas políticas públicas ambientais, especialmente nas áreas de gestão de recursos hídricos, enfrentamento das mudanças climáticas, conservação da biodiversidade e gerenciamento costeiro.

“Cada muda plantada representa um passo importante para um futuro mais seguro e equilibrado. A Semae tem atuado com firmeza para que políticas públicas ambientais saiam do papel e cheguem, de fato, às comunidades que mais precisam”, destacou Emerson Stein, Secretário de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde.

O Programa Pacto da Mata Ciliar continuará expandindo suas ações com o apoio direto da Semae, do Comitê Tijucas e Biguaçu e de instituições parceiras, que seguem unidas no objetivo de fazer de Santa Catarina um exemplo de recuperação ambiental e desenvolvimento sustentável.

Mais informações:
Jornalista Sarah Castro
Assessoria de Comunicação da SEMAE/SC
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